segunda-feira, setembro 29, 2008

segunda-feira, agosto 18, 2008

Rinite e pasteis de massa tenra

De volta de mais um fim-se-semana na terrinha, creio que, além de muito sono e pouca vontade de trabalhar, trouxe comigo uma rinite. Rinite, esta cara amiga que aliada ao cansaço acumulado à custa do nascimento do primeiro dente do meu sobrinho e a alvoradas com cassetes pirata de acordeonistas de baile da festa da Boa-Hora, proporciona uma maravilhosa maniac monday.

Mas claro que não vou deixar vencer por estes sinais do corpo a pedir férias, quando já há muita gente na cidade a circular com aspecto torrado e com muito envelhecimento cutâneo precoce na cara por ter abusado da exposição ao astro rei. Além da paragem na farmácia para adquirir a artilharia do costume para mandar esta rinite p'ro galheiro, vou matar saudades de uns pastelinhos de massa tenra ao Frutalmeidas. E com tudo a que tenho direito, ou seja, acompanhado com um suminho feito com aquela fruta que eles já não vendem mas que as tias acham que é super bom super natural vitaminado sei lá! E depois aquele crime, aquela delícia que é o bolo de chantily com morangos! Ainda bem que já não vivo em frente de tal instituição, porque das duas uma: ou já tinha enjoado de tudo aquilo, ou o colesterol já não me deixava lá entrar.

Uma vez que ando assim meio adoentado devido à visita da amiga rinite, espero que o corpo não decida ter mais um sinal de falta de férias e decida proporcionar um efeito secundário dos pasteis de massa tenra. E que efeito secundário será esse? Não será este o melhor forum para o descrever... E claro não me refiro ao efeito óbvio para quem trabalha o dia inteiro ao computador: upgrade na banha!
A ver se não saio daqui muito tarde e consigo arranjar um lugar na marquise com vista para o Bairro de São Miguel, e apanho o sumo com a fruta menos podre.

sábado, agosto 16, 2008

Um Homem na Cidade

Como eu adoro sair de casa pela manhã, na companhia do meu iPod e desta linda música:

Agarro a madrugada
como se fosse uma criança,
uma roseira entrelaçada,
uma videira de esperança.
Tal qual o corpo da cidade
que manhã cedo ensaia a dança
de quem, por força da vontade,
de trabalhar nunca se cansa.
Vou pela rua desta lua
que no meu Tejo acendo cedo,
vou por Lisboa, maré nua
que desagua no Rossio.
Eu sou o homem da cidade
que manhã cedo acorda e canta,
e, por amar a liberdade,
com a cidade se levanta.
Vou pela estrada deslumbrada
da lua cheia de Lisboa
até que a lua apaixonada
cresce na vela da canoa.
Sou a gaivota que derrota
tudo o mau tempo no mar alto.
Eu sou o homem que transporta
a maré povo em sobressalto.
E quando agarro a madrugada,
colho a manhã como uma flor
à beira mágoa desfolhada,
um malmequer azul na cor,
o malmequer da liberdade
que bem me quer como ninguém,
o malmequer desta cidade
que me quer bem, que me quer bem.
Nas minhas mãos a madrugada
abriu a flor de Abril também,
a flor sem medo perfumada
com o aroma que o mar tem,
flor de Lisboa bem amada
que mal me quis, que me quer bem.

Ary dos Santos

quarta-feira, julho 30, 2008

Lisboa Urban Chic Decadente

Urban Chic decadente, ou o Glamour de Alvalade dos anos 70 ultrapassado?

Para quem sempre gostou de Alvalade e arredores há lugares que serão sempre um habitat natural mesmo que fora de moda para alguns ou decadente para outros. Inicio um roteiro dos lugares que definem este espírito, a mística, a maneira de estar do up-town lisboeta.

Podemos começar com a Conchanata!

Em plena Av. da Igreja, no meio de tanta farmácia e velhada de bengala, surge esta gelataria de norme piroso que mantém a sua imagem dos anos 50. O Conta-me como foi podia gravar lá umas cenas com muito pouco trabalho de adaptação do cenário.
A dita "conchanata" é a especialidade que dá o nome á casa - divinal! Quatro bolas de gelado a nadar num molho de morango servido numa concha de alúminio (que de certeza que foram compradas nos finados armazéns do Chiado, e ainda são as mesmas desde essa altura...). Gostei do pormenor de poder escolher o sabor das 3 bolas da base mas não a que vai em cima que é obrigatoriamente de Nata.
O ambiente é do melhor, o proprietário completamente carrancudo, a funcionária super simpática, letreiros e ordens por todo o lado! Sentar só mesmo na esplanada, para ver as velhas com último saldo adquirido na Vitrine ou na Princesa de Alvalade. Nada de funcionários com aquelas maquinetas onde dão entrada dos pedidos, que mais parecem os primeiros telemóveis Alcatel com tampa dos 90's.