domingo, abril 02, 2006

Festa no fim do mundo...

O Sol chegou em força a Montpellier. Não são ainda dias de Verão, por vezes os dias têm uma ameaça de chuva quando uma nuvem ou outra aparece, mas é o suficiente para encontrar pessoas a apanhar banhos de sol, tocar viola ou fumar brocas no relvado da minha Citè U.
Aqui o meu fim-de-semana começa à sexta-feira, que aproveitei para fazer a tradicional menage que inclui o encontro semanal com as máquinas de lavar “Electrolux” self-service, a passagem pela “Lingerie” para tocar os lençóis, a limpeza sempre superficial do meu quarto (sim, isto está um borrrrdel!), e o passeio ao supermercado… Programa interessante não acham? Mas com sol, as coisas passam de maneira diferente. Enquanto a máquina lavava a roupa, pude estar na esplanada ao sol a beber um café. Foi pena eu não me lembrar que a “Maison des pains”, consegue ter um café pior do que as borras que se bebem por aqui… Na cantina almoça-se na esplanada, com vista para o bosque da minha residência universitária. Muito agradável, até a altura que os gatos nojentos de Boutonnet começam a roçar as pernas a chular comida. De mim só apanham patadas, mas claro que há sempre o freak greepeace com uma t-shirt “NON au CPE!” que lhes cede um pouco do seu merlu, depois de ter atirado o resto do pão para o meio das árvores para alimentar os ouriços.
Antes do supermercado deixei-me ficar na esplanada da Plaçe de la Comedie, a beber um café digno desse nome, a ler um livro (em francês emprestado por uma interna do hospital, muito acompanhado pelo dicionário), e a ouvir um velhote que tocava acordeão. Como eu adoro estas pequenas coisas!
A noite começou calmamente, no Bar Circus com o Daniel e a Catarina. Para mim um dos lugares mais agradáveis de Montpellier, com gente mais normal que outros pubs (sim, aqui há gente com um gosto estranho para se vestir…tipo mocitos que se vestem de preto com brilhantes rosa… D&G em letras garrafais… para não falar de certos penteados), a música é mais variada, e o espaço é amplo. Por outro lado, os preços não convidam ao consumo.
A coisa descambou, quando perto da uma da manhã e ainda sóbrio deixei os meus colegas no Tram, e fui ter a casa da Cláudia, (a Erasmus tuga que vive com uma espanhola e uma romena), onde já se encontravam outros erasmus de arquitectura que tinham começado a beber ás 4 da tarde. Programa da noite: Festa no apartamento de umas italianas (não fazia ideia quem eram, mas isso já é típico). Artilhado com um vinho de casta “arabesque” (uma merda!) comprado numa “epicerie” de um árabe (as epiceries conseguem fechar mais tarde que os bares: só em Montpellier!), caminho com uma bando de gente para a tal festa. Digamos que da festa vi pouco, apenas consegui com dificuldade espreitar pela porta e constatar que era fisicamente impossível entrar no apartamento, e observar a fila que se fazia na escada para entrar. Mudança de planos! Festa na Faculdade de Agronomia! Apanhámos um táxi, com um senhor que não encontrava a festa, uma boa experiência para a primeira vez que apanhei um táxi cá. Aquilo tinha uma localização estranha… O espaço era igualmente estranho: parecia a festa de anos de um teenager filho de um mecânico, que pediu ao paizinho para por os carros na rua para poder fazer a festa na oficina. Não me recordo bem do género da música, devia ser muito paradinha, porque recordo-me de ter dito várias vezes ao DJ, “on y va changer de musique? Ça me fait sommeil!”. Só sei que quantidade de álcool que todos tínhamos no sangue (sim, eu em pouco tempo consegui ficar tão bêbado como eles), nos fez pular e dançar até à hora de apanhar o autocarro de volta para casa. Para variar, eu falei como se não houvesse amanhã. Cada vez que paro para pensar nas baboseiras que digo em francês quando estou com os copos até tremo. De tanto entrar no bar da festa inventei um cocktail novo: Ponche Casanova! Uma mistura de Rum, sumo de ananás e groselha. Que acham?

Eu, Victor (Espanha), Claudia (Portugal) e Joana (Roménia)

Eu (Loulé), Isabel (Valência), Jean Bruno (Quebec), Marco (Firenze)

Quatro grandes cidades representadas em Montpellier!

6 comentários:

Pharmagilense disse...

Caso não tenham reparado, eu levei uma carecada das valentes. Eu disse a sra cabeleireira que era so para cortar um pouco. Sai de la pronto para o serviço militar.

Anónimo disse...

Era mesmo isso que ía dizer...tão mas quem foi a louca que estragou todo o trabalho do mestre Sandro? É que o único que teria esse direito seria o nosso Barbeiro Daniel, esse grande senhor do cabelo Louletano!!! Deixa lá, agora também não te preocupas com isso nos próximos Meses!!! LOL Jokas

Pharmagilense disse...

Esta cabeleireira era meio trenga... Estava assim ao nível da Capitolina, outra grande senhora do cabelo Louletano! LOL

Anónimo disse...

Deixa estar mano ... agora já não tens que meter a tal "cera" no cabelo para ficar mais fashion!

Anónimo disse...

Groselha com rum parece-me um bocado hardcore.

Tens que experimentar o "Gin ne sais quoi" (Martini + Gin).

A maior invenção desde o Caparica By Night.

Voltas a tempo da Farmo?

Pharmagilense disse...

Grande Chico!
Claro que volto a tempo da Farmo, vai ser a pu** da loucura. Ponche Casanova, Caparica by night, Martini ne sais quoi, shoot Parragil (lembras-te deste?), e nada de orelha de porco em tomate quente para acompanhar a jola!