sábado, junho 16, 2007

Quem me leva os meus fantasmas?


A vida é constituida por várias fases, marcadas por diferentes lugares, diferentes pessoas, diferentes maneiras de ser. Fases que nos moldam, nos fazem crescer, e nos marcam pelas mais variadas manaeiras.

Eu não sei como seria, ou quem seria hoje se não tivesse vivido os grandes marcos da minha vida que fecham e iniciam etapas da minha vida.

Actualmente estou a viver algo que está a desafiar toda a minha capacidade de lidar com vivências do passado. Algo que me está a exigir a fechar o círculo de algo que ficou por acabar e de que por cobardia sempre fugi.

Fantasmas do passado. Quem não os têm? Eu tenho!

Estes fantasmas do passado, que me acompanharam até hoje, nasceram na pré-adolescência, e adolescência. Oriundos de um dificil relacionamento com as pessoas que me rodeavam, aliados a uma crescente falta autoconfiança que não me permitia efrentar os problemas e os resolver na altura que deviam ser resolvidos. Nunca fui capaz de me impor numa altura em que todos nós achamos que o devemos fazer.

Hoje no dia a dia e no meio onde estou inserido, sou a antítese do que era na altura. Tenho bastante autoconfiança, muitas vezes rotulado como líder. Tenho amigos, amigos que me compreedem, com que me indêntifico , com quem me sinto bem! São parte importante e essêncial da minha vida.

Tudo isto que consegui para mim, em mim, está contruido com uma base muito frágil. A base que é o inicio da pessoa que sou hoje. Quando a pessoa determinada e forte encontra de novo o que representa esse passado mais frágil, tudo cai! Fico nervoso, não consigo reagir, sinto-me até mais pequeno, "inferior". Todos os fantasmas acumulados no passado voltam instantâneamente como se afinal eu não tivesse vivido mais nada até hoje!

Esta é a minha luta! Não me vou mais consumir por isto! Afinal o que são fantasmas?

Não são nada, são fruto da nossas fraquezas! Por isso a minha necessidade de fechar o círculo. Conseguir transpor o que sou hoje para esse meio do passado que por mero acaso se cruzou de novo com a minha linha da vida. E assim, finalmente "exorcisar-me", superar-me, sem rancores.

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